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Brasileiro é contratado para criar game para empresa canadense e deve ganhar US$ 100 mil por mês

Imagem do game Faces of Fear, criado por Yuri Barros

Imagem do game Faces of Fear, criado por Yuri Barros

Ele assinou contrato de 7 anos e vai se mudar até o fim do ano para o país.

Um jovem capixaba, que levava bronca na empresa por jogar no celular na hora do trabalho, agora vai usar do hobby para ganhar uma bolada de dinheiro no Canadá. De contrato de 7 anos assinado com a empresa, Yuri Barros, de 23 anos, deve se mudar para o país até o final deste ano, junto à namorada.

Natural de Vitória, o jovem aceitou a proposta de uma empresa canadense para desenvolver jogos online. A mudança brusca de vida vai valer a pena: segundo o jovem, o ganho mensal com a venda dos games deve ultrapassar os US$ 100 mil, 100 vezes mais do que sua renda atual.

“Enfim, vou ganhar um dinheiro bom com o que eu sempre gostei de fazer. Sempre me interessei por jogos, mas só tem três anos que passei a viver só disso. Trabalhava em um cartório de registro de imóveis e vivia levando bronca por mexer no celular na empresa, mas, na verdade, estava testando games que criava durante a madrugada”, conta Yuri.

Quando decidiu sair do cartório para trabalhar com o desenvolvimento de jogos, a escolha não foi muito bem recebida pela família. “Recebida? Chegaram a me xingar. Diziam que eu precisava fazer ‘faculdade de alguma coisa’. Mas esse era o meu sonho, é isso que eu gosto de fazer”, lembrou.

Há um ano, o jovem começou um curso de games em Vitória, publicando as criações na plataforma Steam. Foi pela plataforma que a empresa Strategy Fisrt, de Quebec, no Canadá, descobriu um dos jogos criado por Yuri, o Faces of Fear, que chamou a atenção dos diretores. O convite inesperado saiu em uma mensagem no Facebook.

“Quase dispensei o diretor da empresa, porque achei que ele queria trabalhar comigo. De início, não tinha entendido que era uma proposta”, contou.

O jogo, voltado para usuários de computadores, se passa num futuro distante onde a Terra já chegou ao fim, e a humanidade se encontra em ‘naves cidades’, chamadas de Vanguardas, em busca de outro planeta habitável.

No game, a pessoa joga com o personagem Michael, que é um engenheiro espacial especializado em fazer reparos nas Vanguardas, até que atendendo um chamado de trabalho na Vanguarda #0, ele se envolve em um acidente e acaba ficando preso, descobrindo que tem coisas estranhas ocorrendo por lá.

A criação ainda não está disponível para acesso e venda, mas a previsão é de que ela chegue ao mercado em até dois meses. Com o dinheiro que vai receber, ele pretende investir na profissão, com a compra de equipamentos de última geração e também ajudar a família.

“Em tudo que é lugar, meu pai estica o peito e fala com a boca cheia de alegria: meu filho vai trabalhar no Canadá. Hoje, ele é um dos maiores apoiadores”, afirmou.

Fonte: G1