Fundação de Cultura apóia literatura de Mato Grosso do Sul

 

O governo do Estado, através de sua Fundação de Cultura, tem realizado nos últimos quatro anos uma série de ações que visam o incentivo à leitura, a aproximação com o livro e a publicação de diversos títulos de autores nascidos ou radicados em Mato Grosso do Sul.

Criada em dezembro de 1981, a Biblioteca Pública Isaías Paim desenvolve diversos projetos, tais como “Vem Ler o Mundo”, “Todas as Letras”, “Exposição Literária” e “Vestibuler”, cujo objetivo é estimular o gosto pela leitura, divulgar o acervo da biblioteca e estimular a formação de novos leitores.

A Gibiteca, que também funciona neste espaço, utiliza as revistas em quadrinhos como instrumento principal para incentivar e desenvolver o prazer da leitura. O projeto é desenvolvido através de uma parceria com a UCDB (Universidade Católica Dom Bosco).

O Telecentro, inaugurado na atual gestão, oferece acesso gratuito a internet aos leitores cadastrados através de 10 computadores. De 2007 a 2009 o projeto contou com a parceria do Banco do Brasil e dos Correios. Atualmente é mantido através de parceria com a universidade Estácio de Sá, que doou as máquinas para o funcionamento do programa. Mais de 86 mil pessoas já se beneficiaram das possibilidades do Telecentro entre 2007 e 2010.

“Todos os projetos viabilizaram o incentivo à leitura com realizações concretas. Um acadêmico de História da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), que passou em primeiro lugar no vestibular, foi um dos participantes do projeto Vestibuler e retornou para celebrar a conquista. A biblioteca manterá esses projetos e viabilizará novas parcerias, com instituições públicas e privadas”, explica o gestor da Biblioteca Isaías Paim, Aparecido Melchíades.

A Biblioteca também serviu de espaço para o lançamento de vários livros de autores regionais, palestras e cursos que ajudaram na formação de novos leitores.

Plano Estadual do Livro e da Leitura – Mato Grosso do Sul saiu na frente dos demais estados realizando, em parceria com Fundação Abril e participação efetiva do governo do Estado, através da Fundação de Cultura e da Secretaria de Educação, o primeiro grande encontro chamado “MS em Letras”, cujo objetivo era trocar diretrizes de elaboração de um plano estadual.

O encontro foi realizado em março de 2010 em Bonito, com a presença do governador André Puccinelli. Entre professores, diretores, arte educadores, gestores de educação e cultura e artistas, cerca de 1.200 pessoas prestigiaram o evento.

O grupo de trabalho constituído para elaboração do plano, que norteará as ações no campo para o Estado, está em franca atividade e este ano deve entregar o Plano Estadual do Livro e da Leitura.

Proler – O comitê regional do Programa Nacional de Incentivo à Leitura (Proler) produziu 50 oficinas de capacitação, várias palestras com escritores regionais de renome nacional e distribuição de livros para atividades em praças públicas da Capital.

O projeto contou com parcerias importantes com a Biblioteca Nacional, Fundação de Cultura, UCDB, UFMS, IESF, Colégio Militar, Fundac, SESC, Associação dos Bibliotecários de MS, Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas, editores, livrarias, dentre outros.

“As ações do Proler são fruto de um grande mérito em ampliar os compromissos de todos os segmentos da sociedade com a responsabilidade social de melhorar os índices de leitura em nosso Estado. Através de parcerias importantes foi formada uma frente de voluntariado que eleva o nível de leitura em todas as idades”, analisa a coordenadora do Comitê Proler de Campo Grande, Neusa Arashiro.

Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas – A partir de 2008 o Mato Grosso do Sul passou a contar com bibliotecas públicas em todos os municípios, sendo o primeiro estado do Brasil a atingir este patamar.

Muito dessa conquista se deve a atuação do Sistema Estadual de Bibliotecas, sediado no Memorial da Cultura e Cidadania, sob a coordenação de Sheila Bittencourt Radich, que orienta, capacita e estimula ações positivas voltadas a organização das bibliotecas públicas. O Sistema atua na prestação de atendimento de qualidade, e na revitalização desses espaços, buscando transformar cada unidade em um verdadeiro centro do saber.

FIC/MS – Uma das áreas que recebeu grande destaque nesses três anos de atuação do FIC (Fundo de Investimentos Culturais) foi a literatura. Foram investidos R$ 700.700,50 na publicação de obras de 21 autores regionais.

Os investimentos resultaram em publicações como Mato Grosso do Sul: Construção de um Estado, coleção com dois volumes de Marisa Bittar; Obras Completas de Helio Serejo, coleção com nove títulos e manual explicativo de responsabilidade do professor Hildebrando Campestrini, do Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso do Sul, que também organizou a série Memória Sul-Mato-Grossense, com nove volumes. Todos de extrema importância para o resgate da história de Mato Grosso do Sul.

Dentre títulos e projetos beneficiados pelo FIC/MS destacam-se: História do Município de Amambaí, de Almiro Pinto Sobrinho; Arqueologia e Paleoambiente do Rio Paraná em Mato Grosso do Sul, da professora Emilia Kashimoto; Horizontes D´Versos, de Rubênio Silvério; Manoel de Barros, o Brejo e o Solfejo, de Marcelo Marinho; Revista da UBE-MS (União Brasileira de Escritores), volumes I e II; Os Pioneiros – A Origem da Música Sertaneja de MS, de Rodrigo Teixeira; A Arte dos Índios Kaiowá da Reserva Indígena de Dourados, de Leilan Chalub Paschoalick; Animais Mais Mais, de Paulo Robson de Souza; II Edição da Coletânea Tuiuiú com cinco volumes, de Sandra Andrade e a Re-territorialização do Patrimônio Tombado do Porto Geral de Corumbá, de Helenemarie Dias Fernandes.

Outras publicações feitas com recursos do governo do Estado, através da Fundação de Cultura foram a reedição da trilogia Patrimônio Histórico Cultural Sul-Mato-Grossense, produzidos por Rubens Costa Marques; as obras completas de Paulo Coelho Machado – Pelas Ruas de Campo Grande – organizadas pelo Instituto Histórico e Geográfico de MS; Vozes da Dança, organizado por Moema Vilela; catálogo do Centro Referencial do Artesanato de MS, organizado pela FCMS; Livro do Centenário da Imigração Japonesa em Dourados, feito pela Associação Nipo-Brasileira; O Homem da Lua, de Arlindo Fernandes; Ayumi, a Saga da Colônia Japonesa em Campo Grande, organizado pela Associação Cultural Nipo-Brasileira; Cultura em Questão, Teatro em Questão, de Cristina Mato Grosso; apoio na edição de quatro revistas da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras; três edições da revista Cultura em MS; Segurança Pública e Qualidade de Vida, de Alírio Vilassanti; História da Arquitetura de MS, de Ângelo Arruda; MS, Criação e Instalação: 30 anos, organizado pela FCMS e Sonhos e Pesadelos, de Walfrido Silva.

“O livro e a leitura são as chaves mestras para a evolução cultural de um povo. Apoiar e incentivar ações voltadas à formação de um público leitor maior e mais consciente e facilitar o acesso ao livro e à publicação de autores regionais, que resgatam a nossa história e falam da atualidade com conhecimento de causa, são fundamentais para um estado que está construindo sua identidade”, analisou o presidente da Fundação de Cultura, Américo Calheiros.

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