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Esporte e Mercado de Trabalho

Aluno do Enter Jovem une conceitos aprendidos em programa de orientação profissional aos ensinamentos de Muay Thai para alcançar uma vaga no mercado

Por Ana Santana

Responsabilidades, mudança de comportamento e respeito ao próximo são as principais lições que Mateus IMG-20150331-WA0008[1]Barbosa, de 16 anos, aluno regresso do Programa Enter Jovem, aprendeu com o Muay Thai, estilo de luta arte marcial, que surgiu na Tailândia.

Apesar de não ser uma modalidade olímpica, a prática da arte marcial tem crescido cada vez mais no Brasil e conquistado espaço nas academias. Mateus pratica Muay Thai há quatro anos e diz que antes de conhecer o esporte descontava todo seu nervosismo nos familiares e amigos. “Hoje em dia deixo minha tensão no ringue, durante os treinamentos”, afirmou.

De acordo com Mateus, é possível unir os conceitos ensinados durante as aulas do Enter Jovem aos conhecimentos aprendidos na prática do Muay Thai, ao participar de uma entrevista de emprego. “O esporte ensina que é preciso manter a calma e utilizo isso durante uma entrevista de emprego. O Muay Thai, assim como o Enter Jovem passa a mensagem de que o verdadeiro lutador não desiste fácil, e mesmo sem forças para continuar lutando ele tenta até o seu limite conquistar o objetivo final, que neste caso é a possível vaga de emprego, que muitas vezes achamos quase impossível conseguir”, ressaltou.

Inclusão

O Programa Enter Jovem trabalha a questão da inclusão, com conteúdos sobre empregabilidade, agregando conhecimentos a respeito de postura profissional, ética, relacionamento interpessoal e liderança. Além disso, o programa possui um material didático adaptado para surdos e em braile para cegos, com impressões ampliadas e áudiobooks.

Assim como o esporte, o Enter Jovem trabalha o respeito ao próximo e o diálogo, que são essenciais para o crescimento pessoal e profissional.

O atleta paralímpico Diogo Ualisson, de 22 anos, é portador de deficiência visual com baixa visão e pratica atletismo desde os 15 anos. Apesar das limitações, Diogo tem mais de 50 medalhas em competições nacionais e internacionais e, além disso, vai representar o Brasil nos jogos paralímpicos de 2016.

à direita o atleta Diogo Ualisson durante treinamento

à direita o atleta Diogo Ualisson durante treinamento

Diogo conta que ainda há um mito de que atleta não pode ser considerado um profissional, mas ressalta que isso veio acabando após os jogos paralímpicos de Londres, em 2012. “Hoje eu consigo entender que sou um profissional. Considero o atletismo como uma profissão, assim como qualquer outra, pois sou remunerado pelo que faço e levo isso a sério”.

Diogo compara a rotinas de treinamento ao dia a dia em uma empresa. “As rotinas de treinamento de um atleta são pesadas. A gente acorda cedo, tem responsabilidades e sempre quer o melhor para o clube, ou a seleção, assim como um funcionário em uma empresa”, explicou.

O jovem diz que o fato de ter baixa visão não o impede de lutar pelos seus objetivos. “As pessoas muitas vezes nos olham como coitadinhos, e isso é ruim. Mas eu levo como experiência para me dar forças e como atleta conquistar mais medalhas para a seleção”.