Centro de Referência da Juventude está fechado há 3 meses em Vitória/ES

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Centro de Referência da Juventude está fechado há 3 meses em Vitória/ES

Imagem: CRJ (divulgação)

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Conselho de Juventude se preocupa com o fim das atividades. Prefeitura diz que a reforma do espaço será concluída em 30 de março.

O Conselho Municipal de Juventude (Comjuv) está preocupado com o fechamento do Centro de Referência da Juventude de Vitória (CRJ), capital do Espírito Santo. O espaço está fechado há mais de três meses, por causa de um problema no telhado. A prefeitura disse que a reforma será concluída no dia 30 de março.

De acordo com o conselheiro Fabrício Pancotto, que está participando de uma comissão designada pelo conselho para acompanhar as obras do CRJ, o espaço foi fechado repentinamente em dezembro, sem explicações.

“No final do ano passado o CRJ foi simplesmente fechado. Ele já estava passando por um processo de sucateamento, com o estúdio fechado, com menos oficinas, e estava com um problema no teto. Ai teve uma chuva e o espaço foi fechado, sem nenhuma explicação, sem avisar para as pessoas”, disse Pancotto.

A Secretaria Municipal de Assistência Social disse que após uma forte chuva no final do ano, as calhas do prédio se romperam, comprometendo a instalação elétrica e estrutura do espaço.

Inicialmente, o prazo era de que as obras fossem concluídas no dia 10 de março, mas depois que o prazo foi ultrapassado, a prefeitura informou ao G1 que a reforma já está em fase final e será concluída em 30 de março.

No entanto, de acordo com o conselheiro, a comissão do Comjuv que acompanha as obras não tem visto avanços na reforma.

“Estamos indo até o CRJ periodicamente, e o telhado permanece da mesma maneira. Uma gerente da secretaria conversou conosco, mas não deu nenhuma resposta concreta, falou de ‘olhar pro futuro’ e não deu prazos’, disse o conselheiro.

O Comjuv tem medo que as obras continuem atrasando e o CRJ não retome as atividades neste ano. Segundo Pancotto, o Centro é o único espaço de atividades voltadas para a juventude na cidade e forma nomes importantes para a cultura do município, como o MC Popay e o grafiteiro Ficori.

“O jovem que frequenta o CRJ não tem outros espaços para a cultura. Ele é o jovem da periferia, que quer ter uma banda, aprender a fazer grafite, e esse jovem perdeu o espaço que tinha para isso. A sensação que nos temos é que a Prefeitura tem parado de cuidar das pessoas”, lamentou Pancotto.

Atividades
A Secretaria Municipal de Assistência Social ainda informou que, mesmo sem a conclusão das obras, parte do espaço está sendo utilizada pela juventude, e que a administração está se reunindo com jovens do município para discutir as ações que serão realizadas após o dia 1º de abril.

O conselheiro também falou sobre as atividades que já foram retomadas, mas apenas do lado externo do Centro. “Todos os equipamentos e espaços que são importantes para os coletivos e para a realização de oficinas permanecem fechados”, disse.

Fonte: G1