54,6 milhões de pessoas vivem no país em moradia inadequada

A população que mora em favelas no Brasil aumentou 42% nos últimos 15 anos e alcança quase sete milhões de pessoas, segundo análise do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) com base na PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, do IBGE) de 2007.

Em 1992, havia 4,914 milhões de pessoas morando em favelas em áreas urbanas (3,2% da população brasileira). Em 2007, esse número passou para 6,979 milhões (3,8% da população).

Com base nos vários itens de monitoramento das condições de moradia, que levam em conta, por exemplo, o acesso a serviços de saneamento, o material de construção usado e até o número de pessoas que dormem por cômodo, o IPEA concluiu que 54,6 milhões pessoas nas cidades vivem em situação inadequada. Isso equivale a 34,5% da população urbana.

Aluguel

No período entre 1992 e 2007, a maioria dos indicadores vinculados às condições de moradia no país melhorou, com exceção do número de brasileiros que vivem em favelas e que têm gastos considerados excessivos com aluguel. Segundo a análise divulgada ontem, 3,4% dos moradores de áreas urbanas ou 5,4 milhões de pessoas gastam mais de 30% da renda com o aluguel.

Nas metrópoles, o Distrito Federal registra a pior situação. O percentual da população que compromete mais da terça parte da renda com aluguel na capital (6,9%) supera o de São Paulo (4,8%) e o do Rio (4,5%).

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