Campanha “Sou travesti. Tenho direito de ser quem sou.”

O Ministério da Saúde, a Secretaria de Direitos Humanos e travestis de todo o país lançaram a primeira campanha nacional de prevenção à AIDS direcionada a travestis e idealizada por eles próprios.

A campanha “Sou travesti. Tenho direito de ser quem sou”, tem o objetivo de sensibilizar a sociedade contra o preconceito, além de informar o público-alvo sobre formas de prevenção.

As peças publicitárias esclarecem que o Sistema Único de Saúde (SUS) deve adotar o nome social de travestis (como preferem ser chamados) nos prontuários médicos. O material também informa que pessoas desse grupo têm que exigir o uso desse nome.

Além do foco no público-alvo da iniciativa, a campanha tem um folheto dirigido ao serviço de saúde que convida o profissional de saúde a fazer a sua parte. Informações como aplicação de silicone, aparência física feminina, o uso do banheiro e a identificação das situações de risco que podem levar as travestis à infecção pelo HIV são abordadas no folheto.

Além de folders informativos impressos, a campanha conta com materiais eletrônicos voltados aos travestis, como toques de celular, telas de descanso e vídeos. O material usa termos da linguagem dos travestis, conhecida como bajubá. “Oi mona! Tem camisinha na bolsa?”, é uma das cinco mensagens para toque de celular que integram a campanha.

Para a população geral, o principal foco da campanha é o preconceito. Com o slogan, “olhe, olhe de novo, e veja além do preconceito”, as travestis se apresentam como pessoas comuns, que trabalham, estudam e possuem famílias.

A campanha, disponível no site, foi elaborada durante oficina de criatividade realizada de 16 a 18 de janeiro, em Brasília. Participaram do evento 16 travestis das cinco regiões do Brasil. Os materiais gráficos serão distribuídos pelo Ministério da Saúde a 96 ONGs que atuam na área.

Fonte: JC ONLINE e Portal Rondônia Agora