Juventude se une para enfrentar o racismo na América Central

Um dos avanços que têm ocorrido, nos últimos anos, na América Central é a mobilização e participação popular para o desenvolvimento da comunidade afro-centro-americana, e um desses conjuntos de movimentos que tem se empoderado neste sentido, é a juventude afrodescendente.

A partir da evidência de características e problemáticas que os atingem, em sua maioria, pela identidade afro, a juventude dos países de Honduras, Nicaraguá, Panamá, Belize, Costa Rica e Guatemala estiveram reunidos durante a realização do VI Encontro da Juventude Afrocentroamericana, na semana de 05 a 08 de agosto, na cidade de La Ceiba, em Honduras. Participaram também do evento, jovens do México, Brasil e Estados Unidos.

O objetivo do encontro foi discutir as políticas de desenvolvimento da juventude afrocentroamericana no Continente, assim como criar um Plano de Ação de Atuação desses jovens em seus países, a fim de combaterem as desigualdades, ocasionadas pela discriminação racial.

A América Central tem uma população de 40 milhões de habitantes, destes, 10% são afrodescendentes, e mesmo após a independência do continente há mais de 200 anos, está população ainda vive em níveis de exclusão, racismo, discriminação racial e em condições socioeconômicas deploráveis. Muitos desses problemas, segundo a Organização de Desenvolvimento Étnico Comunitário (ODECO), são provenientes da falta de vontade política das classes que controlam os estados, a falta de institucionalidade das organizações e comunidades afrocentroamericanas e a falta de lideranças comprometidas com a causa, principalmente a juventude.

Nesse sentido, com o intuito de intensificar a participação da juventude no crescimento das oportunidades e no avanço das lutas da população afrodescendente da América Central, a ODECO tem organizado encontros com a juventude de diversos países do continente, para ampliar a incidência desses jovens contra as mazelas oriundas do racismo.

“A atual situação da nossa população, em especial, da juventude afrocentroamericana, é extremamente de empobrecimento e exclusão política, econômica, social, cultural e ambiental. Dessa forma, é muito importante construirmos e constituirmos uma união e uma base sólida para enfrentar as desigualdades que nos são inerentes, principalmente na educação” ressaltou o secretário de assuntos para juventude da ODECO, Ovilson Bermúdez.

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