Jovens da classe C investem mais na formação escolar

 

As despesas com qualificação profissional e itens escolares dos jovens integrantes da classe C saltou quase sete vezes nos últimos oito anos. Pesquisa do Instituto Data Popular aponta que, embalados pelo bom momento econômico vivido pelo País, a nova geração desse estrato social os gastos nesta categoria cresceram 6,75% no ano passado, na comparação com 2002.

Fora dedicar mais tempo ao estudo, esses jovens estão exercendo atividades profissionais muito mais intelectualizadas quando comparados aos seus pais. Para se ter ideia, os brasileiros entre 18 e 25 anos exercem funções que necessitam mais de conhecimento específico, aptidões comunicativas como operadores de telemarketing e recepcionistas.

A partir de dados do Pnad (Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílios), realizados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o Data Popular verificou que entre os pais de 45 a 65 anos, as atividades mais comuns são domésticos, vendedores de lojas ou mercados, trabalhadores da construção civil, cozinheiros e zeladores. Enquanto seus filhos têm funções de vendedores de lojas ou mercados, auxiliares administrativos, caixas e bilheteiros e recepcionistas, respectivamente.

São esses 21 milhões de jovens economicamente ativos, 19,5 milhões são das classes C e D que vão ditar os rumos da economia nos próximos anos. A renda anual dos brasileiros da nova classe média soma R$ 96,6 bilhões frente aos R$ 41,4 bilhões acumulados pelos da elite do País. Além disso, essa massa emergente representa 19,5 milhões de postos de trabalho ativos na economia.

 

Fonte: Diário do Grande ABC