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A Síntese dos Indicadores Sociais mostra que apenas 36,8% dos jovens brasileiros têm ensino médio completo

A Síntese dos Indicadores Sociais mostra que apenas 36,8% dos jovens brasileiros têm ensino médio completo. A coordenadora geral do IBGE, Ana Lúcia Sabóia, diz que o Brasil obteve muitos avanços em relação ao acesso dos jovens ao ensino fundamental, mas este processo de universalização não conseguiu garantir a permanência destes jovens nas escolas.

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A síntese dos Indicadores Sociais, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Pesquisa e Estatística (IBGE), em 09 de outubro de 2009, afirma que apenas 36,8% dos jovens com idade entre 18 e 24 anos completou o ensino médio. Este número é considerado bastante baixo para os pesquisadores do Instituto. Segundo a Comissão das Comunidades Européias (Eurostat), esta escolaridade é considerada indispensável para avaliar a eficácia do sistema educacional do país.

Dados da pesquisa afirmam que mais da metade dos brasileiros que estão acima dos 25 anos, o que em números representam 50,2% desta população, não concluíram o ensino fundamental.

Segundo o IBGE o processo de universalização do ensino médio ainda não está concluído. Apenas metade dos jovens entre 15 e 17 anos freqüentam o ensino médio, a coordenadora geral do IBGE Ana Lúcia Sabóia diz que o Brasil obteve muitos avanços em relação ao acesso ao ensino fundamental, mas não conseguiu garantir a permanência dos jovens nas escolas.

A pesquisa revelou que dos jovens que concluíram o ensino médio 39,6% são mulheres e 34% homens e em relação ao indicador à raça/cor 40,7% são brancos e 30,3% são negros ou pardos.

As desigualdades regionais ficam bastante evidenciadas, pois a região Sudeste representa o maior número de jovens que concluíram o ensino médio, 43,85%. O Sul ocupa o segundo lugar, com 37,7%. As demais regiões: Centro-Oeste, Norte e Nordeste apresentam percentuais de 35,4%, 30,2%, 29,2%, respectivamente. Estes números apontam o quanto o Brasil ainda está distante de atingir o percentual dos países desenvolvidos em relação ao nível de escolarização.

Mesmo com um cenário bastante desfavorável em relação aos países desenvolvidos, a pesquisa mostrou que na última década o número de jovens matriculados no ensino superior dobrou para 13,9%. Porém, este percentual é ainda bastante irrelevante se for comparados ao de países europeus como a Itália, França e Reino Unido, por exemplo.

Os dados do IBGE mostram que entre os jovens brasileiros de 18 a 24 anos, o número de pessoas matriculadas no ensino fundamental, que deve ser concluído por volta dos 14 anos de idade, diminuiu de 8,6% para 2,9% em dez anos.

A pesquisa revelou também que 45,3% dos jovens que possuem mais de 15 anos não concluíram o ensino fundamental. O Nordeste mais uma vez obteve o pior resultado, pois este percentual chega a 56,2% e o Sudeste novamente mostrou o melhor percentual, com 39,2%. As demais regiões Sul, Centro-Oeste e Norte tiveram 42,7%, 43,2% e 48,2%, respectivamente.

O estudo mostrou a importância da educação profissional para a inserção dos jovens no mercado de trabalho. As pessoas que tiveram acesso a algum curso profissionalizante alcançaram um rendimento médio de até R$ 1.243,20 e os que nunca freqüentaram os cursos atingiram um rendimento médio de R$ 983,50.

A pesquisa comparou o rendimento médio dos jovens que tiveram acesso ao ensino médio completo e aos cursos profissionais. O rendimento mensal foi de até R$ 934,40 para os que tiveram acesso contra R$ 680 para os que não tiveram. Os jovens das regiões Sul e Sudeste obtiveram os valores mais altos em relação ao rendimento médio em todo o país.

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