Cerca de mil desabrigados após chuvas aguardam moradia digna

 

A enchente de junho não deixou outra opção para 26.996 pessoas a não ser ir morar num abrigo. A grande maioria delas já tem outro lar — seja o antigo, recuperado, seja um novo, alugado. Apenas 965 seguem vivendo nos 17 abrigos de 13 cidades. As cidades estão se reconstruindo, com obras para hospitais, pontes e casas para quem perdeu a sua. Mas, para as famílias alojadas em abrigos, a condição de vida precária, principalmente pelo calor e falta de higiene, faz os seis meses de improviso parecerem uma eternidade.

O clamor de famílias, como a de Rosineide Silva, 24 anos, é pela nova casa. Desempregada, com quatro filhos, moradora temporária numa das 70 cabanas localizadas no Centro Social Urbano, em Palmares, ela espera a mudança para a nova morada para dar o passo inicial do recomeço de suas vidas após perderem praticamente tudo.

Desde a tragédia, os filhos de Rosineide estão fora da escola. Após ter de deixar a casa, localizada à beira do Rio Una, destruída pela chuva, para morar no abrigo, a distância da escola afastou temporariamente a possibilidade das crianças estudarem. Dos quatro filhos, com idades até 13 anos, apenas um ainda frequenta uma creche. “Não sei se eles vão estudar no ano que vem, depende se já estivermos numa nova casa. Não tenho como levar eles para as aulas por conta da distância. Esse ano prometeram a entrega de 40 casas, mas não é para quem está nas cabanas”, lamentou.

A enchente de junho não deixou outra opção para 26.996 pessoas a não ser ir morar num abrigo. A grande maioria delas já tem outro lar — seja o antigo, recuperado, seja um novo, alugado. Apenas 965 seguem vivendo nos 17 abrigos de 13 cidades. As cidades estão se reconstruindo, com obras para hospitais, pontes e casas para quem perdeu a sua. Mas, para as famílias alojadas em abrigos, a condição de vida precária, principalmente pelo calor e falta de higiene, faz os seis meses de improviso parecerem uma eternidade.

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Fonte: JC Online