Cidades milenares são referência em arquitetura e ecologia para as metrópoles do futuro

Professor da Pontifícia Universidad Católica de Peru, José Canziani, mostrou como a organização do povo inca pode ser refletida nos grandes centros urbanos

Foto Samuel Kim - Jovens participam do evento " A Cidade e o Jovem".

Foto Samuel Kim – Jovens participam do evento ” A Cidade e o Jovem”.

Na última terça-feira, 18 de março, a conferência internacional “A Cidade e o Jovem – contribuições da arquitetura e do urbanismo para as novas gerações” recebeu na Escola da Cidade a palestra do professor da Pontifícia Universidad Católica de Peru, José Canziani. O especialista trouxe aos participantes o tema “A Cidade Inca: o que ela nos ensina?”, e mostrou por meio de fotografias e plantas a maneira como os povos milenares sobreviviam em condições extremas utilizando apenas os recursos da natureza, além de criar uma arquitetura inteligente em meio à paisagem.

De acordo com o arquiteto e urbanista, os incas desenvolveram técnicas muito modernas para a época com o objetivo de driblar o clima extremo, que variava entre -15ºC no inverno e 20ºC no verão. “Eles (os incas) criaram estruturas sustentáveis capazes de tirar a umidade dos alimentos e manter a temperatura bem amena em seu interior a fim de conservá-los” explicou o professor.

Além disso, Canziani apresentou estruturas capazes de resistir ao tempo, formas de construção em pedras, construções capazes de abrigar festas, irrigar a agricultura de maneira uniforme e tornar a vida dos Incas mais produtiva.

Para Canziani, os Incas têm muito a ensinar para as cidades do presente e do futuro, em especial quando se fala em técnicas ecológicas. “Um dos principais pontos a ser aprendidos é com relação ao território. As cidades milenares tinham malhas arquitetônicas para desenvolvimento social e estavam integrados com a paisagem, levando em conta o clima extremo”. O especialista também comparou a eficiência energética do povo Inca. “As comunidades antigas usavam o clima e energia a seu favor, tinham manufatura e preservação da alimentação, fundamental para a vida na região”, concluiu.

Fonte: NA Comunicação e Opção Brasil