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Como o Design e a Economia Solidária dialogam com as juventudes

design e economia solidaria

 

No atual cenário da inserção da juventude no mercado de trabalho é possível perceber uma forte rejeição as hierarquias corporativas por uma parte relevante dos jovens. A prioridade pela segurança e estabilidade financeira foi trocada pela valorização da autonomia, qualidade de vida e de alinhamento com seus ideais pessoais, assim, nas últimas décadas, muitos grupos juvenis se formaram com a intenção de criar o seu próprio negócio.

A prática da economia solidária já está presente em muitas iniciativas de grupos juvenis. Grupos cuja seu funcionamento se baseia em uma organização horizontal, onde todos os envolvidos participam das tomadas de decisões nos planejamentos estratégicos de seu negócio e que tem como foco a geração de renda, sem a exploração dos envolvidos para obtenção de mais-valia (não utilizamos o termo lucro)

Mas, para que os empreendimentos econômicos solidários colham frutos financeiros no futuro, é importante inovar: Transformar ideias em valores, criar soluções como ofertas de alta relevância e impacto positivo para as pessoas, encontrando o equilíbrio entre o que é desejável para as pessoas, rentável para o negócio (favorável financeiramente) e tecnicamente possível (implementação acessível). E desenhar soluções inovadoras é a principal prática do Design.

Assim como o processo de construção de um empreendimento se baseia em conhecimentos da Administração, Contabilidade e Direito, é importante usufruir das ferramentas do Design na sua gestão. A inclusão de suas ferramentas contribuiria na geração de ideias para desenhar soluções inovadoras para atender as reais necessidades da sociedade. Estas soluções podem ser tanto estratégicas de mercado como também podem estar relacionadas a criação gráficas, tecnológicas ou de produto.

Segundo Ellen Lupton, uma profissional consagrada na área, a prática do design pede a participação e o envolvimento dos integrantes com o processo criativo. E o seu processo não exclui aqueles que não possuem formação acadêmica em Design, uma vez que os princípios de sua prática necessitam de; protagonismo, de um olhar amplo e ao mesmo tempo imersivo das pessoas e do seu cenário e da capacidade de colaborar e compartilhar ideias e conhecimentos, da habilidade de cocriar e construir de forma cooperada, o que são requisitos que naturalmente, jovens empreendedores criativos contemplam.

Denise Miyamotto, sócia do empreendimento Ideário – Rede Design Possível