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Se você fosse um refugiado, o que levaria na mochila?

Imagem: Sapo.pt

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E se fosse você?” foi o mote da iniciativa da Plataforma de Apoio aos Refugiados. O desafio, lançado em 600 escolas nacionais de Portugal, foi o de vestir a pele de um refugiado. A reportagem esteve na Escola Básica e Secundária Rodrigues de Freitas, na cidade do Porto, para saber: “Se tivesses que fugir da guerra, o que levarias na mochila?”

Fugir da guerra. Deixar tudo para trás. Levar só uma mochila”. A Plataforma de Apoio aos Refugiados , em colaboração com a Direção-Geral da Educação, o Alto Comissariado para as Migrações e o Conselho Nacional de Juventude desafiaram estudantes de 600 escolas do país a refletir sobre a crise dos refugiados.

Os estudantes refletiram sobre que bens transportariam se tivessem de partir para fugir da guerra e explicaram a razão das suas escolhas. “É um exercício de empatia em que os estudantes das escolas portuguesas, do Pré-escolar até ao Secundário, são convidados a colocarem-se na pele de quem tem que fugir, deixar tudo”, explicou Rui Marques, responsável pela PAR e coordenador da iniciativa.

É “um processo para compreender melhor se estivéssemos nessa situação, como é que gostaríamos de ser acolhidos e, dessa forma, estabelecermos o padrão ético de acolhimento de refugiados na Europa”, explica Rui Marques, da PAR, sobre a iniciativa que teve lugar esta quarta-feira.

A campanha foi lançada junto de jovens do primeiro ao terceiro ciclo, mas o objetivo é sensibilizar mais pessoas. “Através deles [dos jovens], alertar as suas famílias e toda a comunidade para a realidade dos refugiados, para perceber o que quer dizer perder tudo, deixar tudo para trás e ter uma total incerteza quanto ao seu futuro”, esclarece Rui Marques.

Além das escolas, a adesão, segundo o coordenador do projeto, foi “enorme”. . Estão presentes ministros, membros do Governo e figuras públicas de várias áreas que quiseram dar um sinal muito concreto de apoio à campanha e apoio, sobretudo, à ideia de acolhimento e integração dos refugiados”, conta o membro da PAR.

O trabalho que tem sido feito tem um objetivo: “que Portugal seja exemplar na cultura de acolhimento e de integração, num futuro próximo”, afirma o responsável pela Plataforma de Apoio aos Refugiados.

As iniciativas, em Portugal e na Europa, multiplicam-se, mas os grandes desafios permanecem: “A Europa vive um momento crítico, precisa de ter capacidade de dar a resposta certa e a resposta positiva e essa passa pelo acolhimento e integração dos refugiados”, remata Rui Marques.

Fonte: JPN – Portugal