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Participação Cultural
O que é participação cultural?
A participação cultural envolve a participação passiva como expectador, ou ativa como produtor cultural. Isso implica a participação ou a organização de atividades culturais e religiosas, as experiências relacionadas com culturas diferentes, a participação em organizações culturais e em grupos artísticos das distintas formas de expressão.
Pode-se visualizar a partir de algumas pesquisas (Instituto Cidadania, 2003; Ação Educativa, 2003; IBASE/POLIS, 2004; Santos Junior, 2004; UNESCO, 2005), que a participação dos jovens em entidades, associações e agremiações é de baixa intensidade e acompanha a tendência participativa do conjunto da população brasileira.
O Perfil da Juventude Brasileira (2003) aponta que, dos jovens entrevistados, apenas 15% participa de algum tipo de grupo juvenil. Quase metade desses jovens participa de grupos culturais, 4% deles de grupos religiosos e a participação em partidos políticos não chegou a ser diferenciada em números relativos, ficando agregada à categoria “outros”. (Ana Karina Brenner e Paulo Carrano)
Entre os integrantes das classes populares, encontramos registros antigos da participação juvenil nas atividades de formação religiosa e artística, desde a década de 1950 e, mais recentemente, de grupos de jovens que se movimentaram e circulam em seus próprios bairros, ou mesmo em suas favelas, em busca de experiências culturais, através da dança, do canto improvisado do hip-hop, do grafite, do teatro e também do xote, do forró, da gafieira, do samba no pé, em horas transcorridas nos encontros dessa idade em espaços vazios urbanos, mais que públicos institucionais.
Os jovens podem ser reconhecidos, como defensores de autenticidades estético-culturais, dentro da sociedade democrática, uma vez que vêem dispostos a resistir quando se insinuam obstáculos à consecução de seus projetos. Às vezes são poucos, não notados, mas estão por aí. Formam cineclubes, estruturam núcleos de atletismo, organizam rádios comunitárias, produzem fanzines, festas e mais festas.
A resistência cultural juvenil, nucleada, pode ser identificada, do ponto de vista metodológico, como prática de oposição a determinadas conjunturas que, ao serem superadas, dissolvem a correspondente prática de resistência. Daí o caráter transitório das afirmações políticas e culturais dos grupos, núcleos e movimentos de jovens. Mas não por isso menos verdadeiros.
(Fonte: Augusto Caccia-Bava, Jan 2005)
A seguir, algumas organizações que desenvolvem atividades nessa área:
A Organização Não Governamental Arte Cultura e Meio Ambiente, sediada no Bairro Camoxinga, Santana do Ipanema, Alagoas, é uma entidade civil, de direito privado, de caráter sócio-ambientalista de assistência social, culturais, democrática e sem fins lucrativos.
Têm por projeto resgatar a dignidade e a cidadania das crianças e dos adolescentes menos favorecidos em nossa sociedade, através da arte da dança. O projeto consiste em popularizar a arte da dança, tendo como base o ballet clássico, possibilitando seu acesso às classes menos favorecidas da nossa sociedade, através do ensino e prática dessa arte e da criação de futuras oportunidades de trabalho na área da dança.
Centro de Teatro do Oprimido – RJ
O Centro de Teatro do Oprimido – CTO-Rio é um centro de pesquisa e difusão, que desenvolve metodologia específica do Teatro do Oprimido em Laboratórios e em Seminários, ambos de caráter permanente, para revisão, experimentação, análise e sistematização de exercícios, jogos e técnicas teatrais. Nos laboratórios e seminários são elaborados e produzidos projetos sócio-culturais, espetáculos teatrais e produtos artísticos, tendo como alicerce a Estética do Oprimido.
Cia de Teatro Zé do Pinho – PE
E-mail: [email protected]
A Cia. de Teatro Zé do Pinho utiliza o teatro como meio transformador da sociedade. Formada por adolescentes e jovens da comunidade onde atua, contribui com a formação crítica e participativa dos mesmos, tornando-os agentes do meio em que vivem. Trabalham também com a temática do Teatro do Oprimido.
Coletivo de ativistas, músicos, escritores de rua em prol da criação de um diálogo comunitário! Tem sua origem no Hip Hop, em Recife – PE.
O CRIA, Centro de Referência Integral de Adolescentes, é uma ONG sediada no Pelourinho / Salvador/BA. Seu desafio é desenvolver um método de educação para a cidadania através da arte que provocasse o adolescente a criar, se envolver e participar ativamente de movimentos sociais e culturais na sua escola ou outros espaços comunitários. O CRIA constituiu-se como um espaço permeável a trocas e experiências comunitárias que agregam conhecimentos construídos coletiva e dinamicamente.
A CRIARTE – CASA DE ARTE E CULTURA é uma instituição sem fins lucrativos com o objetivo de promover transformação social e cultural através da arte. Tem sua sede em Niterói – RJ.
A Cult Brasilis é uma ONG que visa discutir, promover e se relacionar com tudo que se refira à cultura brasileira, interferindo junto aos meios de comunicação e autoridades para que a mesma seja respeitada.
A ONG Cultura e Integração é uma Sociedade Civil, sem fins lucrativos, fundada em Porto Alegre, RS, de caráter social, cultural, assistencial e esportivo, focalizando diminuir as diferenças através da cultura.
Fábrica de Teatro do Oprimido – PR
A Fábrica de Teatro do Oprimido de Londrina (FTO) é uma Organização Não-Governamental e sem fins lucrativos, que atua em Londrina, Paraná. Seu Objetivo é a difusão e a multiplicação da Metodologia do Teatro do Oprimido para todo sul do país; formando multiplicadores, desenvolvendo e coordenando projetos sócio-culturais.
Grupo Cultural AfroReggae – RJ
O Grupo Cultural AfroReggae (GCAR) surgiu em janeiro de 1993, na favela de Vigário Geral no RJ, inicialmente em torno do jornal Afro Reggae Notícias – um veículo de informação que visava à valorização e a divulgação da cultura negra, voltado sobretudo para jovens ligados em ritmos como reggae, soul, hip-hop, etc. O GCAR inaugurou, em Vigário Geral, o Núcleo Comunitário de Cultura, iniciando assim o desenvolvimento de projetos sociais, hoje o Centro Cultural AfroReggae Vigário Geral. O grupo tem por missão: promover a inclusão e a justiça social, utilizando a arte, a cultura afro-brasileira e a educação como ferramentas para a criação de pontes que unam as diferenças e sirvam como alicerces para a sustentabilidade e o exercício da cidadania.
O Instituto Recicle é uma organização não governamental de caráter sócio-ambiental que atua no estado de São Paulo promovendo e coordenando ações que visam o desenvolvimento sustentável do planeta, por meio da Educação Ambiental, objetivando a mudança de comportamento quanto ao uso dos recursos naturais (aplicação dos “3R’s”: Reduzir, Reutilizar e Reciclar) e da conscientização da responsabilidade social, fundado em 2000, a partir do Projeto Recicle Milhões de Vidas, idealizado e implantado em 1998, pela Dra. Maria Emilia Gadelha Serra.
Tem como missão: Promover programas de Educação Ambiental, a partir da gestão de resíduos sólidos, que contribuam para a construção de uma sociedade sustentável valorizando a inclusão social.
O Instituto VOZ é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, atuando no estado de São Paulo e que tem como missão agir e incentivar aqueles que atuem para a manifestação do pensamento, da criação, da expressão e da informação, sob qualquer forma, processo e veículo.
O iVoz atua enquanto uma rede interdisciplinar de produtores artísticos, culturais e educadores que se organizam coletivamente a fim de atuarem suprindo a falta de acesso à informação e à cultura que aflige a sociedade brasileira, sobretudo as que vivem em situação de vulnerabilidade social, entendendo tratar-se de um direito inalienável do indivíduo, sendo também indispensável à compreensão e ao exercício da cidadania.
Seu principal objetivo é a troca de conhecimentos, a produção cultural independente, a formação de Redes e atividades voltadas à geração de trabalho e renda. Fomentando ações coletivas pautadas pelos princípios norteadores da Economia Solidária.
O Media Sana é um coletivo de artistas multimídia que atua nas relações entre a comunicação e a cidadania. As apresentações ao vivo do grupo sugerem uma experimentação que, de certa maneira, viabiliza o acesso do cidadão comum ao complexo midiático – a reciclagem de mídia.
A ONG PUERAS, voltada desde seu início para os problemas ambientais urbanos, mais precisamente sobre resíduos sólidos (Lixo – Coleta seletiva), tem o compromisso de desenvolver uma gestão ambiental, visando a destinação responsável dos resíduos sólidos gerados, sempre nos preocupando em encaminhá-los para a reutilização ou reciclagem.
Rosas Urbanas Crew é um coletivo de mulheres, adolescentes e meninas que participam do movimento Hip Hop, promovendo o fortalecimento de mulheres e meninas, praticando os cinco elementos desta cultura: DJ, MC, Break, Graffiti e Conhecimento (consciência social e política) e vários formas de comunicação artística, como a fotografia, vídeo, desenho gráfico, fanzines, poesia, desenho e produção de roupa.
As integrantes do grupo trabalham duas linhas: “uma aonde somos artistas independentes, uma fortalecendo as outras, colaborando, trazendo e compartilhando nossas artes, histórias, idéias, conhecimento, filosofias, indignações poéticas e experiências, abrindo os canais de comunicação entre mulheres envolvidas no Hip Hop, daí fortalecendo cada integrante e o movimento como um todo. A outra linha e de formação de jovens e meninas, estimulando elas a questionar e conversar sobre questões relevantes de suas realidades, encorajando elas a questionar e quebrar as barreiras que a sociedade construiu e finalmente, ensinar elas a usar arte de B-girling como prática na luta da vida para fortalecer todos os aspetos das vidas delas.”
O Ventilador Cultural é um coletivo pernambucano de comunicadores e artistas unidos em defesa da democratização da comunicação. Acreditando na comunicação como um direito humano, o Ventilador Cultural tem como proposta capacitar, incentivar e apoiar pessoas, grupos e ações sociais a utilizarem as diversas ferramentas da comunicação para transformarem positivamente a sociedade.
A Wooz é uma ONG cultural sem fins lucrativos. Possui o título de OSCIP e está se dia do em São Bernardo do Campo, São Paulo. Tem como objetivo conscientizar a comunidade da importância de sua participação no âmbito artístico e cultural, além de estimular o talento de profissionais que trabalhem ou desejem trabalhar nessa área, oferecendo-lhes oportunidades que justifiquem sua opção de investir tempo e comprometimento emocional.
