Estudo revela desigualdade entre escolas em 14 estados brasileiros

O IDEB leva em conta dois fatores que interferem na qualidade da educação: rendimento escolar (taxas de aprovação, reprovação e abandono) e médias de desempenho na Prova Brasil.

O estudo mostra que 124 cidades se tornaram mais desiguais educacionalmente – ou seja, houve um aumento na diferença de desempenho entre as escolas. Dos municípios que cumpriram a meta do IDEB, 119 apresentaram maior variação de desigualdade na oferta do ensino e 62 menor.

Segundo os dados, das 14 redes, quatro não atingiram as metas definidas pelo Ministério da Educação. Ou seja, ficaram aquém nas médias e ainda apresentaram maior variação de desigualdade na oferta do ensino.

“As informações mostram que o país tem um desafio grande a enfrentar até a universalização da qualidade do ensino”, afirma Mozart Neves Ramos, membro do Conselho do Todos Pela Educação.

A pesquisa também mostrou que quanto maior o IDEB, menor a variação na rede de ensino da cidade.

Método
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O estudo foi dividido em duas partes: para avaliação da equidade nos anos finais do ensino fundamental foram utilizados os dados das escolas estaduais, já que esta etapa do ensino fica a cargo, principalmente, das unidades da federação; já a verificação da desigualdade nos anos iniciais do ensino médio, o estudo usou as informações das escolas municipais, pois as prefeituras são as maiores responsáveis por esta etapa do ensino.

Na análise dos municípios, foram considerados somente os que têm 15 ou mais escolas com Ideb registrado em 2005 e 2009 – resultando num total de 205 redes.

As análises levam em conta dois momentos: o cenário do Ideb em 2005 e o de 2009. Nestes quatro anos, mais escolas passaram a participar da Prova Brasil, que compõe o indicador. Um número maior de instituições participantes pode fazer com que uma rede fique mais ou menos desigual – o que pode ter alterado o cenário de 2005 para 2009.

Confira variação dos 14 estados:

Estado  –  Variação da desigualdade (2009-2005)

Amapá   –  24%
Alagoas  –   19,8%
Tocantins   –  15,6%
Paraíba  –   11,8%
Rio de Janeiro  –   10%
Rondônia  –   8,8%
Espírito Santo   –  8,4%
Sergipe  –  7%
Santa Catarina   –  6,3%
Acre   –  5,6%
Pará   –  3,7%
Rio Grande do Norte  –  3,7%
Bahia  –  1,2%
Roraima  –  1,1%

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