Redução da mortalidade juvenil é meta da ONU e grupo privado brasileiro

Imagem: Mãos juntas em círculo

De cada 100 mil jovens brasileiros entre 15 e 24 anos de idade, 43 morrem vítimas de acidentes, crimes ou suicídio provocado por arma de fogo, segundo a pesquisa “Mapa da Violência”, realizada em 65 países pela Organização dos Estados Ibero-americanos.

Com o propósito de combater a situação, o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) e o Grupo Caixa Seguros assinaram na última terça-feira (31), em Brasília, um convênio para disseminar as tecnologias sociais e ampliar o alcance do programa Jovem de Expressão – investimento social privado que busca promover a saúde dos jovens de 18 a 29 anos, por meio da redução da mortalidade por causas violentas. Esta é a primeira vez que o UNODC firma parceria com uma instituição privada no Brasil.

“Nas comunidades onde o projeto-piloto foi implementado (Sobradinho II e Ceilândia, ambas no Distrito Federal), os resultados atingidos foram muito positivos na promoção da saúde e na redução dos fatores de vulnerabilidade dos jovens à violência. Essas duas áreas são prioritárias para o trabalho do UNODC no Brasil e nos países do Cone Sul”, afirmou representante do escritório da ONU.

O programa Jovem de Expressão foi criado em 2007 pelo Grupo Caixa Seguros, que elegeu o jovem como público prioritário de seus projetos de investimento social privado. “Acreditamos que, se devidamente assistidos e apoiados em seu processo de formação, os jovens têm potencial para contribuir ativamente para o crescimento do Brasil”, destacou o presidente da empresa, Thierry Claudon.

O convênio estipula que a seguradora investirá US$ 1.227.180 no Jovem de Expressão até 2012. O UNODC fará a gestão do programa, introduzindo temas de prevenção ao uso de drogas e acesso à Justiça, fomentando intercâmbios da metodologia. O objetivo final é transformar o modelo de intervenção adotado em uma política pública.

Durante os dois primeiros anos do projeto (2007 a 2009), o “Jovem de Expressão” atendeu mais de 300 jovens de comunidades vulneráveis do Distrito Federal. O impacto social do programa foi comprovado, em 2009, por uma pesquisa de avaliação científica que verificou os conhecimentos, as atitudes e as práticas dos jovens participantes do projeto em dois momentos: antes de ingressarem nas oficinas e depois de um ano de participação.

O estudo revelou que, após esse período, esses jovens passaram a adotar comportamentos mais seguros, reagindo menos a provocações e adotando uma postura cada vez mais empreendedora – o que os tornou menos vulneráveis à violência.

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